Sensações Virtuais

domingo, dezembro 10, 2006

O preservativo como objecto erótico?


Foi uma noite muito segura e divertida a que tivemos nas nossas Sensações Periódicas no passado dia 30 de Novembro, véspera do Dia Mundial de Luta Contra a SIDA. António Baptista, dono de sex shops como a Contra Natura e Sérgio Luís da Associação Abraço falaram-nos de como o preservativo pode ser utilizado como um objecto lúdico, de forma a ultrapassar a ideia de que é mais um objecto de tortura.

O Sérgio mostrou-nos como em dias chuvosos, como os que temos tido em abundância o preservativo pode servir como uma providencial capa de protecção daquele objecto fálico que sempre nos acompanha nos dias de hoje – o telemóvel.

Por sua vez, o António trouxe-nos diversos exemplos de preservativos com diferentes cores e feitios que podem tornar qualquer relação sexual num momento ainda mais divertido. Gostamos em particular daquela engenhosa argola vibratória que pode fazer maravilhas, não esquecendo o preservativo florescente que não se faz esquecer nem mesmo no escurinho do quarto (ou do cinema, já dizia, pouco mais ou menos, a Rita Lee...)

Falou-se de como muitas vezes os mais novos vêm na famosa camisinha um empecilho, o que muitas vezes é devido à falta de uma promoção mais apropriada da mesma. Por outras palavras, se se passar a mensagem de que o preservativo é algo divertido e que pode ajudar a descontrair nos momentos de intimidade, então mais fácil e frequentemente ele será utilizado.

O preservativo feminino que tarda em (re)aparecer no nosso mercado foi lamentado pela sua ausência e, na sequência da curiosidade de alguns dos presentes, foi explicada a sua colocação.

Ficou a boa nova, trazida pelo Sérgio, de que uma escola da Grande Lisboa está em vias de introduzir a distribuição de preservativos. Esta é uma iniciativa pioneira no nosso país, onde infelizmente princípios morais bacocos ainda regem as políticas de promoção da saúde, nomeadamente da saúde sexual e reprodutiva. Apenas assim se justifica que medidas deste tipo, cientificamente provadas como tendo um resultado eficaz na prevenção das infecções sexualmente transmissíveis, sem aumentar ou induzir a actividade sexual dos mais novos, sejam ainda muitas vezes barradas.

Quem esteve presente gostou e pediu mais. Na próxima semana, lá estaremos a falar das taras e manias sexuais.

Até lá!
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