Sensações Virtuais

quinta-feira, outubro 12, 2006

Qual Bolero, qual quê…


Não sabemos ao certo quem começou por achar que o Bolero de Ravel seria uma boa musica para acompanhar o sexo. Mas gostávamos de saber. Achamos que essa pessoa teria muito a aprender e gostávamos de lhe poder ensinar. Pelo menos em teoria.

Ahhh, o Bolero de Ravel… Estão a ver, não estão? Aquela musica repetitiva e cadenciada que acaba num grande estrondo…? Pois bem, nós discordamos profundamente que o sexo tenha que ser assim. Que coisa tão monótona e previsível! Nada de surpresas ou de improvisação!

Na nossa modesta opinião, o Bolero devia ser retirado de todos os manuais de educação sexual como a melhor musica para acompanhar o sexo. É claro que não existem tais manuais mas, caso existissem, deveria ser a primeira medida a ser tomada!

Já ouviram, por exemplo, a abertura da ópera O Barbeiro de Sevilha, de Rossini? Isso sim é banda sonora digna de uma sessão sexual com algum salero. Ate porque a acção da peça é passada em Sevilha, caso não tivessem ainda reparado. Isso sim é diversão, harmonia e inesperado. Quase que conseguimos ver o barbeiro a correr atrás da sua amada pelas ruas de Sevilha fora, com o calor a apertar, o suor a escorrer pelos corpos e a adrenalina a ser bombeada nas veias.

Preferem uma noite de prazer mais calma? Não há problema. A nossa sugestão irá para os Românticos: Beethoven, Chopin ou Listz serão sempre boas companhias para aproveitar uma boa companhia. Melódicos mas não melosos, estes nossos amigos sabiam compor uma boa peça musical sem cair em banalidades lamechas.

Também há as Tocatas e Fuga de Bach, mas não queríamos aconselhar essas… Bem, serão certamente aconselhadas para algumas ocasiões, aquelas em que o tempo não abunda… Mas por favor não abusem delas!

Ainda nos clássicos, não podemos deixar de sugerir a fantástica Sagração da Primavera de Stravinsky. Para começar, o nome diz tudo. E não é preciso ler o “Código Da Vinci” para ter uma ideia de que tratam estas sagrações da Primavera e da fecundidade. Lembram-se…? Devoção à deusa e essas coisas… Bem, parece-nos que não poderá haver melhor sonoridade para um intenso encontro de prazer. Qual Ravel, qual quê… Stravinsky é que sabia do que estava a escrever com toda aquela pujança, energia e sonoridades cataclísmicas. Não admira que quando a peça estreou em paris em 1913 tenha chocado a audiência.

Fiquem, porém, avisados! A Sagração da Primavera não é para corações fracos! De resto, a Sentidos e Sensações não assumirá qualquer responsabilidade sobre eventuais acidentes cardíacos daqueles que ousarem praticar actos íntimos ao som desta peça. Fica porém a dica…

Aguardamos as vossas sugestões. Nós ficamo-nos pelos clássicos, mas poderão sugerir os modernos, os alternativos, os vocais, enfim, façam do nosso blog o depositário moderno da melhor musica para acompanhar actos sexuais de que há memória na Internet. Ficamos a aguardar…
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